A HISTÓRIA DO MÉNAGE...

A HITÓRIA DA TARA MAIS COMUM ENTRE OS AMANTES DO SEXO
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A HOSTÓRIA DO MÉNAGE

 

Certamente você já ouviu a expressão “um é pouco, dois é bom e três é demais". Nas palavras do artista pop Andy Warhol, o ditado sofreu mudanças: "um é companhia, dois é multidão e três é festa". Nos tempos modernos, quando preconceitos, moralismos e hipocrisias perdem espaço, homens e mulheres se permitem buscar novas experiências - e isso inclui o ato sexual. Afinal, quem foi que disse que o sexo deve ser feito somente a dois? Também chamado de “threesome”, o famoso “ménage à trois” é um termo de origem francesa, que significa algo como  "arranjo a três" – termo usado geralmente para descrever relações sexuais entre três pessoas. O gênero não importa, já que a mistura pode acontecer entre heterossexuais e homossexuais. Não há dúvidas de que o sexo a três pode ser muito prazeroso, mas vale ressaltar que nem todos conseguem acordar no outro dia sem qualquer tipo de ressaca, seja por conta de ciúmes, insegurança ou por não saber ao certo como agir com o parceiro fixo.


Eu fiz!
Seria uma perda de tempo perguntar aos homens se eles topariam fazer sexo a três com duas mulheres. A resposta seria mais do que óbvia, visto que esta é uma das fantasias mais populares entre os representantes do sexo masculino.

 

“Meu marido havia me perguntado certa vez se eu toparia uma segunda mulher, e claro que minha resposta imediata foi não. Depois, quando considerei o fato de amá-lo e de ele ter confiado em mim ao invés de ter procurado isso fora, resolvi ceder. Encontrei uma ‘amiga’ em comunidades específicas do Orkut, marquei um barzinho e fomos os três, sendo que ele pensava ser uma amiga minha da faculdade. Depois de algumas doses, quando já estávamos mais soltos, convidei-a para ir até o nosso apartamento, e foi então que ele entendeu a surpresa”, relata a jornalista catarinense Jéssica*, 32 anos.

 

Mesmo não sendo a fantasia da maioria das mulheres, muitas gostam de receber outro parceiro masculino durante o ato sexual. É o caso da designer gráfica Daniela*, 28 anos, cuja experiência inicial se deu pelo desejo do marido em vê-la com outro homem: “É extremamente excitante, e pretendo fazer todas as vezes que ele quiser. Mas acho importante frisar que dá certo para nós porque somos muito bem resolvidos afetivamente.”

 

Essa situação é mais comum do que se imagina, como descreve a psicanalista carioca Regina Navarro Lins, em seu livro “A Cama na Varanda” (Editora Best Seller). Após receber grande quantidade de mensagens de pessoas casadas dispostas a praticar sexo a três com seus cônjuges, ela resolveu lançar a pergunta no seu site: “Você gostaria de fazer sexo a três?”. Segundo ela, dos cerca de 1.500 usuários que responderam, 80% disseram sim. “O argumento favorável mais comum é o de que a visão do(a) parceiro(a) com outro é muito excitante”, diz Regina.

 

Já o fotógrafo paulista Fábio*, 24 anos, que não teve o mesmo sucesso na época em que namorava, resolveu incluir o “ménage” na sua rotina depois que ficou sozinho: “Todas as quintas frequento uma casa de swing com uma amiga, que é casada. Lá, participei de várias formações. Dividi mulher com outro homem e também já transei com duas mulheres simultaneamente”.

 

Alerta
É claro que transar com alguém que se ama é bom, mas o sexo pelo sexo também é uma alternativa válida para muitos. Generalizar a intenção das pessoas é abrir um campo para erros, pois retrai a liberdade individual de manifestar o sexo – vitória alcançada ao longo da história. “Cada pessoa ou casal tem o direito de escolher a forma de vivenciar o prazer, com o cuidado de não quebrar determinadas regras sociais ou de bem-estar com o parceiro. Há de se pesar, entretanto, que as pessoas não são obrigadas a fazer determinadas práticas sob pressão, inclusive aquelas veladas”, relata o psicólogo paulista Claudecy de Souza.

 

Para aqueles que se aventuram em sexo com um terceiro travesseiro, vale ressaltar que o risco de complicações afetivas existem, e que as partes – especialmente quando há um casal na história – devem estar completamente confiantes e conscientes da atividade: “Claro que no dia seguinte pode haver insegurança de uma das partes. Isso pode acontecer porque o parceiro deixou a mulher de lado para se divertir com a terceira pessoa, ou mesmo porque alguma coisa não estava bem resolvida na relação. De qualquer modo, é recomendável que haja uma conversa anterior para definir o intuito do ‘ménage’”, explica. Além das questões afetivas, também é essencial que ninguém se esqueça da prevenção física – com uso de contraceptivos e preservativos – para evitar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.

 

“Ménage” intelectual

Esse termo tem uma longa história. O pensador suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi praticante e incentivador do sexo a três. O famoso conquistador italiano Casanova (1725-1798) fez parte de vários trios e rendeu muitos filmes. Mas a tríade mais famosa dos tempos contemporâneos foi composta pelo filósofo francês Jean-Paul Sartre, sua mulher, Simone de Beauvoir, e a estudante Bianca Bienenfeld.

 

“Ménage” bandida

Além de intelectuais, a preferência permeou a vida de bandidos famosos. Butch Cassidy, Sundance Kid e Etta Place amavam-se entre um assalto e outro, como mostra o filme “Butch Cassidy” (1969), de George Roy Hill. Bonnie Parker, Clyde Barrow e William Jones seguiram o mesmo caminho imortalizado no filme “Bonnie and Clyde” (1967), dirigido por Arthur Penn.

 

“Ménage” na TV

A série norte-americana “Gossip Girl” chegou a ser advertida pela organização Parents Television Counsil por causa de um pôster que divulgava um episódio em que a personagem Serena (Blake Lively) apareceria em uma suposta cena de sexo a três. O seriado criado em 2007 retrata a vida de uma turma de jovens bem-nascidos de Nova York.

 

Outro seriado norte-americano, “Sex and the City”, também usou o recurso, em 1998. No episódio, a personagem Charlotte (Kristin Davis) se envolvia em cenas de sexo a três.

 No Brasil, a atriz Maria Flor estreou a minissérie “Aline”, veiculada pela TV Globo, em 2009, cuja personagem homônima, retirada das tirinhas de Adão Iturrugarai, divide o coração, a casa e a cama com dois namorados, Pedro (Pedro Neschling) e Otto (Bernardo Marinho).

 

“Ménage” no cinema

O tema é recorrente nas telonas e aparece no filme “E Sua Mãe Também” (2001), de Alfonso Cuarón. A trama conta a história de uma mulher mais velha (Ana López Mercado) e dois amigos de infância (interpretados por Diego Luna e Gael García Bernal), que acabam se envolvendo durante uma viagem pelo interior do México.

 

A “brincadeira” também está no filme “Vicky Cristina Barcelona”. Na obra de Woody Allen, Scarlett Johansson é uma jovem norte-americana que viaja para Barcelona com a melhor amiga (Rebecca Hall). Na cidade espanhola, elas são convidadas pelo pintor Juan Antonio (Javier Bardem) para um fim de semana em Oviedo. Se não bastasse, o trio é complementado ainda por Penélope Cruz, que interpreta a ex-mulher de Juan Antonio, Maria Elena.

 

*Os nomes foram trocados a pedido dos entrevistados.

 

 

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