AUMENTO DE CIRURGIAS ÍNTIMAS

 

AUMENTO DO NUMERO DE CIRURGIA ÍNTIMA

 

Milhares de brasileiras já se submeteram a cirurgias para melhorar a aparência da vaginaThinkstock

Botox para “sumir” com as rugas, preenchimento para aumentar os lábios e silicone nos seios há tempos caíram no gosto das mulheres que buscam melhorar a aparência e a autoestima. Mas, apesar de parecer incomum, as brasileiras têm investido cada vez mais na estética da região íntima.

Nos últimos quatro anos, a procura pela ninfoplastia, cirurgia de redução dos pequenos lábios vaginais, cresceu 75% no País. Em 2014, o Brasil foi o campeão mundial com quase 16 mil procedimentos realizados, segundo dados da Isaps (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética).

De acordo com o diretor da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), Luiz Henrique Ishida, a ninfoplastia é o procedimento íntimo mais comum e pode ser realizado por mulheres com pequenos lábios assimétricos ou muito grandes.

— Algumas mulheres podem sentir desconforto durante a relação sexual ou quando usam roupas apertadas, no entanto, a maioria procura esse tipo de cirurgia por estética. As minhas pacientes, por exemplo, falam muito mais “olha que horrível, doutor” e menos “ai, isso aqui machuca”.

Apesar de o objetivo ser principalmente estético, a ginecologista Carolina Ambrogini, do Centro de Sexualidade Feminina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que as pacientes que passam por esse procedimento relatam uma “grande melhora na vida sexual”.

— Geralmente, as pacientes gostam bastante, porque é uma coisa que incomoda e que faz com que elas se sintam um pouco mal. Quando elas fazem a cirurgia, elas ficam mais desinibidas sexualmente. O resultado fica bem natural.

Mulheres se sentem “mais livres”

No ano passado, a ninfoplastia ficou em 17ª no ranking de cirurgias estéticas mais realizadas em todo o mundo. Em 2014, no Brasil, foram 15.872 operações, número que vem crescendo desde 2011, quando 9.043 brasileiras fizeram a cirurgia, de acordo com levantamento recente da Isaps.

Na opinião de Ishida, as mulheres têm procurado cada vez cirurgia íntima por se sentirem mais livres para falar sobre sua sexualidade.

— Muitas vezes, a pessoa tem uma queixa, mas nem sabe que existe uma solução para isso. O aumento da procura se deve, principalmente, ao fato de que os tabus em relação à sexualidade da mulher vêm diminuindo nos últimos anos.

Nas redes privadas, a ninfoplastia custa entre R$ 5.000 a R$ 7.000. Já o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece um procedimento semelhante à ninfoplastia, chamado coaptação de ninfas. Na rede pública, só tem acesso ao tratamento mulheres que sentem desconforto físico constatados por médicos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 559 operações desse tipo foram realizadas em 2013, no Brasil.

Apesar de íntimo, a ginecologista da Unifesp explica que a ninfloplastia é um procedimento considerado simples e a cicatriz é praticamente imperceptível.

— Na maioria das vezes, a paciente recebe apenas uma anestesia local, então, é feito o corte de um ou dos dois pequenos lábios. Ela dura uns 50 minutos e a mulher pode retomar a rotina de trabalho em poucos dias. Só é preciso tomar cuidado com a recuperação por ser uma região muito delicada. A paciente só poderá voltar a ter relações sexuais em cerca de um mês, quando estiver 100% cicatrizada.

Outras cirurgias íntimas

A ninfoplastia é a cirurgia íntima mais comum entre as mulheres, porém, não é a única. Outros quatro procedimentos podem ser feitos na região. Quando a mulher passa por uma grande perda de peso, por exemplo, pode haver um acúmulo de pele e uma “queda” da região.

— Isso é muito frequente em pacientes de cirurgia bariátrica. Então, você faz uma suspensão da região pubiana.

Também é possível reduzir os grandes lábios ou lipoaspirar o monte pubiano. Entre as mulheres mais velhas, o procedimento mais procurado é o preenchimento.

— Com o envelhecimento, o volume da região pode diminuir em algumas mulheres. Nessas situações, é possível fazer um preenchimento, com enxerto de gordura retirada de outra região do corpo.

Ishida alerta para o fato de existirem substâncias, como o PMMA (polimetilmetacrilato), que é injetado no corpo para dar volume e podem ser oferecidas às pacientes. No entanto, a mulher que usa a substância corre um grande risco de ter complicações.

Antes de operar, fique atenta!

Apesar de não ter uma regra expressa, a recomendação dos especialistas é que a ninfoplastia seja realizada após os 18 anos de idade. Antes disso, o corpo da mulher está se desenvolvendo e a região íntima ainda pode sofrer mudanças.

Para quem decidir fazer qualquer tipo de cirurgia, o paciente deve tomar alguns cuidados, explica Ishida.

— A pessoa tem que procurar um cirurgião plástico e checar se o profissional tem título de especialista, o que pode ser feito por meio do site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Além disso, é necessário verificar se o médico tem o título de cirurgião plástico.

 

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